Frase do Dia

"A busca pelo conhecimento é obrigatória para todo muçulmano e muçulmana." Profeta Mohammad ( saas)

sábado, 27 de dezembro de 2008

A Minha Religião... ( como parte de quem sou)











  • Mulheres oprimidas, homens agressivos; É guerra por Allah!
    São afirmações altamente exploradas pela mídia atualmente sobre os muçulmanos.
    Em vários diálogos, já alegaram que nós, mulheres muçulmanas, somos escravas e que não temos voz nem reconhecimento. Agora eu pergunto, e alguma vez, alguma dessas pessoas que afirmam tais coisas, já pararam para nos perguntar sobre como vivemos na verdade e nos dar alguma voz? Será que não estão tendo um pouco de arrogância em afirmar como todas nós vivemos? Será que realmente todos vivem da mesma maneira? É claro que não! Também isso não significa que não existam problemas, porque entre os muçulmanos existem vários problemas; tais como, muçulmanos e muçulmanas exagerados que burlam muitas recomendações do islam.
    Eu sou muçulmana, de família muçulmana brasileira. Sinto-me honrada em ser muçulmana por vários motivos. Um deles é que o islam não despreza nem diminui minha condição de mulher, tenho claros direitos que são invioláveis.

    O Islam é uma religião que possui orientação para diversos setores da vida. O único problema que existe entre os muçulmanos é ignorá-las. O islam trata homens e mulheres de maneira particular.

  • “E entre Seus Sinais está o de haver-vos creado companheiras de vossa mesma espécie para que com elas convivais, e colocado amor e misericórdia entre vós. Verdadeiramente, nisto há sinais para aqueles que refletem”. Alcorão, sura 30:21

    O Islam considera a mulher como igual ao homem como um ser humano e sua parceira nesta vida e na outra. As mulheres têm sido creadas com uma alma da mesma natureza da dos homens, ou seja, uma mesma essência que se completam. Deus (Allah em árabe ) diz no Alcorão:

  • “Oh humanos, temei a vosso Senhor que vos creou de uma só essência do qual fez descender inúmeros homens e mulheres. Temei a Allah em Nome do Qual exigis vossos direitos mútuos, e reverenciai os ventres que os geraram (. e., não corteis as relações de parentesco), pois Allah é vosso Atento Observador”.Alcorão sura 4:1

    O Profeta Muhammad (saas) disse: “Entre os Muçulmanos, o mais perfeito em relação a sua fé é aquele cujo caráter é mais excelente, e os melhores entre tais são aqueles que tratam com amor suas esposas." (Relatada por At-Tirmidhi)

    Em muitas sociedades, as mulheres podem fazer o mesmo trabalho que os homens, mas seus salários são muitas vezes menores. Os direitos das mulheres não-muçulmanas não foram criados voluntariamente, ou saídos da bondade para com as mulheres. As mulheres não-muçulmanas alcançaram sua presente posição pela força, e não através do progresso natural ou consenso mútuo acerca dos Ensinamentos Divinos. Elas tiveram que forçar esse caminho, e várias circunstâncias as auxiliaram: deficiência de poder masculino durante as guerras, pressão das necessidades econômicas e requerimento da industrialização forçaram as mulheres a deixarem suas casas para trabalhar lutando por seu sustento, para parecerem iguais aos homens. Se todas as mulheres estão sinceramente satisfeitas com essas circunstâncias e se elas estão felizes e satisfeitas com os resultados é um assunto diferente. Mas permanece o fato de que quaisquer direitos que as mulheres não-muçulmanas possam ter são deficientes em relação aos daqueles de sua contraparte Muçulmana. O Islam tem dado às mulheres completa proteção e segurança contra a se tornar o que as próprias "feministas" ocidentais se queixam: um "mero objeto sexual". E falar em questões sexuais no islam, temos o seguinte narrado:

    Antes de engajar no intercurso sexual, é necessário ao marido expressar sua afeição e amor por sua esposa por tocá-la, acariciá-la, e além de não forçá-la a ter relações se caso ela não queira.. Jabir bin'Abdullah (ra) narrou que o Profeta Muhammad(saas) recomendou a um homem não engajar no intercurso sexual antes de acariciar sua esposa ou demonstrar afeto, chamando o intercurso sem carinho e afeto de "uma prática em crueldade".
    Há muitos mitos que o mundo não-muçulmano, ou sem nenhum conhecimento a respeito da doutrina islâmica, sustenta e muitas vezes perpetuam a respeito do papel da mulher no Islam. O Alcorão é realmente o primeiro documento, detalhando especificamente que as mulheres têm direitos de fato, que elas não são propriedades ou escravas e que é obrigação dos homens respeitá-las e sempre levar em consideração seus sentimentos. Antes do Alcorão nunca houve um único documento que tinha verificado que as mulheres tinham méritos individuais delas e nelas próprias - independentes dos homens - e similarmente advertido os homens a reconhecerem seus direitos inerentes. Também o único livro sagrado (dos monoteísmos) que diz para os homens que melhor casar-se com uma mulher apenas. O reconhecimento desse fato por si só fica em total contradição a muitos dos mitos ocidentais acerca do Islam e sua visão das mulheres.
    “Oh vós que acreditais! Vós sois proibidos de herdar as mulheres contra a vontade delas, de atormentá-las, de vos apoderardes de uma parte do Mahr (dote dado pelo esposo à esposa na época do casamento), a menos que elas tenham comprovadamente cometido intercurso sexual ilegal (adultério). E harmonizai-vos com elas, pois se as menosprezardes estará depreciando seres que Deus dotou de muitas virtudes”. Alcorão, surata 4:19
    Esses são alguns pontos provando sobre a calúnia que o islam despreza as mulheres.
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    O islam não concorda com o conceito de salvação por outrem, nem que Jesus nos salvou, pois senão, para quê iríamos evitar o mal e o erro, se já estávamos perdoados de todos nossos pecados e já estamos garantidos de irmos para o paraíso de Deus?
    . O islam não concorda com o conceito de salvação por outro. Jesus no islam é um mensageiro de Deus, que veio admoestar seu povo contra o erro. Assim como cremos que Muhammad também é Mensageiro (comumente conhecido como Maomé). Não adoramos nem a Muhammad nem Jesus.

    Outro aspecto sumamente importante no islam, é que não se pode imaginar Deus como homem, pois isso justificaria a supremacia dos homens, justificaria também o machismo, a exploração e opressão contra as mulheres, além de deixar abertura para racismo, pois as pessoas questionar-se-iam como seria esse homem? Branco ou negro?! Imaginar Deus como homem no islam, é um grave pecado.
    Tradicionalmente, "Deus" é visto no Ocidente com uma figura masculina. Isso fica em oposição mesmo ao texto da tradição Judaico-Cristã que não tem um “nome” masculino singular para o Divino. O Nome Divino Hebraico “YHVH” é composto de duas letras femininas e duas letras masculinas. Similarmente, `Isa (as, Jesus) somente se referia a Deus(SWT) como “Pai” em uma alegoria velada. Tem sido visto na tradição esotérica Hebraica por milhares de anos, que o aspecto espiritual de “YHVH” era o masculino, enquanto o físico – que era conjunto com o espiritual – era o feminino. Tais noções são completamente paralelas aos conceitos Taoístas de Yin e Yang, Pai-Céu e Mãe-Terra. De acordo com isso, Allah (SWT) é referido como masculino no Alcorão somente no contexto do Ser Espiritual que anima e dá vida à matéria feminina. Mas, além disso, o termo usado no Árabe original do Alcorão é “Hu” ao invés de “ele” ou “ela”. Em muitas linguagens ele é traduzido como um terceiro pronome mais neutro, embora isso não denote uma separação entre o masculino e o feminino. O Islam estabelece de todo o coração que Allah (SWT) não é um ser separado, ou uma divisão da existência; Allah (SWT) é um Todo tanto de masculino quanto de feminino. “Allahu Akbar” significa literalmente que Allah (SWT) não é nem masculino nem feminino sozinhos em natureza e essência. Allah (SWT) é Ahad (Único, Um).




Fonte: trechos retirados do site Al Fityan

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Especulando o especulado...


Muitos dizem que o islã ensina o terrorismo, que o exagero é uma prática correta de acordo com o Livro Sagrado. O que provém de uma evidente falta de conhecimento a respeito. Uma das maiores acusações que já nos fizeram, o exemplo disso foi a declaração que Arnaldo Jabor fez a respeito do Alcorão. Dizendo que é o livro que incita o terrorismo e fonte de fanatismo. Sinceramente, tomam como exemplo as atitudes de poucos grupos que por sinal não são bem vistos por mais de bilhões de seguidores do islã no mundo inteiro. Mas será que dizem a origem do Taliban, por exemplo? De quem ele teve apoio e para quê foi criado? Creio que realmente não.
No próprio Alcorão, na sura (capítulo) 4, aya(verso) 29 diz:* “Não pratiqueis o suicídio,porque Deus é Misericordioso para convosco”. Mais adiante, na mesma sura na ayat 171 diz: “Não exagereis no seu din (sistema religioso)”. O Profeta Muhammad (Que a Paz e a Misericórdia de Deus estejam sobre ele) disse: “Cuidado com o exagero no din, pois o que arruinou os que vos antecederam foi o exagero” [Relatado por Ahmad, Anassái, Ibin Maja e Al Hákim]
E disse: “Os exagerados estão arruinados” e repetiu isso por mais três vezes [Relatado por Muslim]. O Profeta Muhammad (saas) ensinava a seus sahabas (sahaba é todos aqueles muçulmanos que se encontraram com o Profeta);
“A prática mais querida por Deus é aquela que tem continuidade, mesmo que seja pouca”.
“O melhor das coisas é o meio termo” [Relatado por Bukhari, Muslim, Abu Daúd, Ahmad e Málik]. Narrou Aicha (r.a.a) que o Profeta(saas) sempre que se via diante de duas opções,escolhia a mais fácil, desde que não fosse ilícita.

Não significa que para não sermos exagerados devemos ser relaxados, ou incoerentes. Necessitamos de alimentos, mas se comermos exageradamente, ele não será digerido .



"O conhecimento é melhor porque quando distribuído aumenta; enquanto que a
riqueza, se isso fizeres, a diminuirá”. Ali Ibn Abu Talib (A.S.)"





* Retirado do livro Descobrindo o Islam de Munzer Isbelle

Muçulmana Desabafa!




Tenho observado um problema com a “dawah” aqui no “ocidente” e as explicações de pontos delicados.
Depois de diversos ataques e acusações contra a doutrina islâmica, com muitas distorções, difamações e um desespero para dar força a islamofobia, os muçulmanos também desesperados em salvaguardar a imagem e honra de nossa doutrina, acabam por cometer graves erros. Os irmãos para tentarem uma suposta aceitação da sociedade não-muçulmana, apelam nas comparações das normas e etiquetas que regem a vida individual e coletiva da comunidade muçulmana com as normas e etiquetas que regem a vida de uma sociedade não-muçulmana. Isso é perigoso, e ao mesmo tempo controverso.
Em primeiro lugar, a afirmação de “DIREITOS HUMANOS” no islam é insana. O islam tem seus próprios direitos e deveres já formados. Na Parte III, artigo 7° na Declaração dos Direitos Humanos Direitos Civis e Políticos proíbem “tortura”, e chibatadas fora consideradas tortura há tempos. Portanto, torna-se incoerência comparar as normas islâmicas com outras formas de regimentos.
A questão de comparação dos gêneros se tornou um problema muito sério evidentemente. O islam não faz distinção de sexos, absolutamente! Ninguém afirmou que homens e mulheres possuem a mesma fisiologia, isso seria a mais pura irracionalidade e uma engabelação muito mal dissimulada. Portanto, a enrolação que muitos fazem para justificar suas misoginias e seus ranços de mentalidades anteriores o ingresso no islam ou mesmo a cultura a qual pertence, está longe de serem argumentações firmes de acordo com o Alcorão. Todos sabem muito bem que, quando especulam a “inferioridade” da mulher no islam, estão falando de méritos e reconhecimentos por suas obras e esforços. E isso é lógico, óbvio e comprovado que o Alcorão esclarece. Na surata An-Náhl, ayat 7 temos: “A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e seja crente, conceder-lhe-emos uma vida agradável e o recompensaremos com um galardão superior ao que houver feito” Note bem expresso: “A QUEM PRATICAR”, ou seja,isso se refere à obras e esforços de cada um. A resposta mais comum quando especulam questões de gênero dentro do islam é: “homens e mulheres são diferentes por natureza e o islam trata de suas diferenças e define suas respectivas posições e blábláblá!...”, Isso tudo para tentar dizer que não concordam com igualdade no reconhecimento de esforços das mulheres( para os misóginos)?
A questão da herança, também outro motivo para contendas. Simplificando;
Antes de estipular a herança para homem, que aparece na surata 4, ayat 11:[ “Allah recomenda-vos acerca da herança de vossos filhos: ao homem, cota igual à de duas mulheres (...)” ] Na surata 2 já vem sendo explicado o que ele deverá fazer com segunda parte da sua herança.Explícita na ayat 233: “ (...). E impende ao pai o sustento e o vestir delas,convenientemente. (...) E impende ao herdeiro fazer o mesmo ...” Baseando-se na tradução de Helmi Nasr, a nota explicativa declara que sendo o pai inválido,ou já havendo falecido o herdeiro,o filho, deve sustentar a MÃE,independente de estar solteiro ou não.Esse é o meticuloso cuidado que o islam estabelece em relação às mulheres em diversas condições, principalmente quando mãe.
E quanto à acusação de que os muçulmanos são pessoas imundas e desleixadas com a higiene, consideramos o que retrata o sociólogo Gilberto Freyre em seu livro Casa Grande E Senzala 30ª edição, “O contraste da higiene verdadeiramente felina dos muçulmanos com a imundície dos cristãos, seus vencedores, é traço que aqui se impõe destacar. Conde, em sua história do domínio árabe-muçulmano na Espanha, tantas vezes citada por Buckle, retrata os cristãos peninsulares, dos séculos VIII e IX, como indivíduos que nunca tomavam banho, nem lavavam a roupa, nem a tiravam do corpo senão pobre, largando os pedaços. O horror à água, o desleixo pela higiene do corpo e do vestuário permanecem entre os portugueses”. Pág222
Recebemos acusações de diversos calões e escalas, desde que o islam ordena a mutilação de genitálias femininas, até que o islam ordena a decapitação para mulheres que não usam a burca (como comumente se referem ao nosso véu). É bárbaro a variedade de atrocidades que afirmam ter em nosso livro sagrado! Os mesmos que fazem tais acusações, não expõem que até 1882, na Inglaterra, o marido tinha a liberdade de bater na mulher, desde que a deixasse viva. Na Alemanha, Otto Weininger “provou” que a mulher não tinha alma. Shopenhauer disse, em seu Ensaio Sobre As Mulheres, dessa “raça de seres de estatura baixa, espáduas estreitas, quadris largos e pernas curtas”.
O “consagrado” Nietzsche afirmou “ Quando for visitar as mulheres, não esqueça o chicote”.
O bem-falado Platão afirma em A República: que “Todas as atividades do homem são também atividades da mulher. Mas em todas elas, a mulher é inferior ao homem”.
Aristóteles, afirmava que a mulher era uma obra interrompida, o fracasso da natureza em formar um homem.
A Condessa Diane de Poitiers afirmou: “A inteligência da mulher é inferior à do homem, e toda mulher que procura negar, comprava.”. (Extraídos de Os Mais Belos Pensamentos de Todos os Tempos vol. II)
Todos esses conceituados com presença na formação intelectual e modelo de princípios sociais do ocidente afirmavam tais coisas a respeito das mulheres e procuraram não especular tais afirmações, que a todo modo, são comprovadas inevitavelmente.
Com efeito, a ciência dizia que o marido deveria satisfazer seus desejos com prostitutas, por uma questão de saúde e a esposa somente para prole. Já no islam, essa questão é tratada com todo cuidado e vista como uma necessidade até mesmo natural, a satisfação de ambos os cônjugues. Entre outros horrendos, que marcam uma história repleta de ignorâncias entre os “modelos de nações”. E ainda assim, julgam-se modelos para os demais, que possuem “culturas e mentalidades” inferiores aos valores formados por eles.
Sempre houve um desrespeito muito grande pela mulher em muitas sociedades não-muçulmanas e agora tentam transferir esse legado cruel para a doutrina islâmica. Não somente não-muçulmanos insatisfeitos por terem legado esse machismo, que a doutrina cristã não condenou quanto também a violação de direitos, também novos muçulmanos que tentam misturar ao islam, conceitos anteriores a shahada.
Desde muito tempo existiram mulheres que a comunidade muçulmana reconhecia méritos por seus esforços, em liderança e também em bom exemplo. Mulheres não-muçulmanas conseguiram algum de seus direitos há pouco, resultado de muita luta e resposta ao machismo com o feminismo. É deplorável ver que muitas mulheres muçulmanas aceitaram de bom-agrado a violação de seus direitos depois de muitos movimentos reformistas alegando que “estavam desfazendo a bid’a.”
Enquanto muitos muçulmanos descabelam-se por um dedo de cabelo de uma irmã estar aparecendo, o outro fulano não se incomoda em consumir bebidas alcoólicas, conservar a modéstia e baixar seus olhares. E sempre haverá contendas se não compreenderem que o exagero é a matéria-prima de muitos caos.
(Mulheres muçulmanas eruditas na História Islâmica veja o link: http://www.bt.com.bn/en/education/2008/05/12/when_women_scholars_graced_ummah )