Frase do Dia

"A busca pelo conhecimento é obrigatória para todo muçulmano e muçulmana." Profeta Mohammad ( saas)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Muçulmana Desabafa!




Tenho observado um problema com a “dawah” aqui no “ocidente” e as explicações de pontos delicados.
Depois de diversos ataques e acusações contra a doutrina islâmica, com muitas distorções, difamações e um desespero para dar força a islamofobia, os muçulmanos também desesperados em salvaguardar a imagem e honra de nossa doutrina, acabam por cometer graves erros. Os irmãos para tentarem uma suposta aceitação da sociedade não-muçulmana, apelam nas comparações das normas e etiquetas que regem a vida individual e coletiva da comunidade muçulmana com as normas e etiquetas que regem a vida de uma sociedade não-muçulmana. Isso é perigoso, e ao mesmo tempo controverso.
Em primeiro lugar, a afirmação de “DIREITOS HUMANOS” no islam é insana. O islam tem seus próprios direitos e deveres já formados. Na Parte III, artigo 7° na Declaração dos Direitos Humanos Direitos Civis e Políticos proíbem “tortura”, e chibatadas fora consideradas tortura há tempos. Portanto, torna-se incoerência comparar as normas islâmicas com outras formas de regimentos.
A questão de comparação dos gêneros se tornou um problema muito sério evidentemente. O islam não faz distinção de sexos, absolutamente! Ninguém afirmou que homens e mulheres possuem a mesma fisiologia, isso seria a mais pura irracionalidade e uma engabelação muito mal dissimulada. Portanto, a enrolação que muitos fazem para justificar suas misoginias e seus ranços de mentalidades anteriores o ingresso no islam ou mesmo a cultura a qual pertence, está longe de serem argumentações firmes de acordo com o Alcorão. Todos sabem muito bem que, quando especulam a “inferioridade” da mulher no islam, estão falando de méritos e reconhecimentos por suas obras e esforços. E isso é lógico, óbvio e comprovado que o Alcorão esclarece. Na surata An-Náhl, ayat 7 temos: “A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e seja crente, conceder-lhe-emos uma vida agradável e o recompensaremos com um galardão superior ao que houver feito” Note bem expresso: “A QUEM PRATICAR”, ou seja,isso se refere à obras e esforços de cada um. A resposta mais comum quando especulam questões de gênero dentro do islam é: “homens e mulheres são diferentes por natureza e o islam trata de suas diferenças e define suas respectivas posições e blábláblá!...”, Isso tudo para tentar dizer que não concordam com igualdade no reconhecimento de esforços das mulheres( para os misóginos)?
A questão da herança, também outro motivo para contendas. Simplificando;
Antes de estipular a herança para homem, que aparece na surata 4, ayat 11:[ “Allah recomenda-vos acerca da herança de vossos filhos: ao homem, cota igual à de duas mulheres (...)” ] Na surata 2 já vem sendo explicado o que ele deverá fazer com segunda parte da sua herança.Explícita na ayat 233: “ (...). E impende ao pai o sustento e o vestir delas,convenientemente. (...) E impende ao herdeiro fazer o mesmo ...” Baseando-se na tradução de Helmi Nasr, a nota explicativa declara que sendo o pai inválido,ou já havendo falecido o herdeiro,o filho, deve sustentar a MÃE,independente de estar solteiro ou não.Esse é o meticuloso cuidado que o islam estabelece em relação às mulheres em diversas condições, principalmente quando mãe.
E quanto à acusação de que os muçulmanos são pessoas imundas e desleixadas com a higiene, consideramos o que retrata o sociólogo Gilberto Freyre em seu livro Casa Grande E Senzala 30ª edição, “O contraste da higiene verdadeiramente felina dos muçulmanos com a imundície dos cristãos, seus vencedores, é traço que aqui se impõe destacar. Conde, em sua história do domínio árabe-muçulmano na Espanha, tantas vezes citada por Buckle, retrata os cristãos peninsulares, dos séculos VIII e IX, como indivíduos que nunca tomavam banho, nem lavavam a roupa, nem a tiravam do corpo senão pobre, largando os pedaços. O horror à água, o desleixo pela higiene do corpo e do vestuário permanecem entre os portugueses”. Pág222
Recebemos acusações de diversos calões e escalas, desde que o islam ordena a mutilação de genitálias femininas, até que o islam ordena a decapitação para mulheres que não usam a burca (como comumente se referem ao nosso véu). É bárbaro a variedade de atrocidades que afirmam ter em nosso livro sagrado! Os mesmos que fazem tais acusações, não expõem que até 1882, na Inglaterra, o marido tinha a liberdade de bater na mulher, desde que a deixasse viva. Na Alemanha, Otto Weininger “provou” que a mulher não tinha alma. Shopenhauer disse, em seu Ensaio Sobre As Mulheres, dessa “raça de seres de estatura baixa, espáduas estreitas, quadris largos e pernas curtas”.
O “consagrado” Nietzsche afirmou “ Quando for visitar as mulheres, não esqueça o chicote”.
O bem-falado Platão afirma em A República: que “Todas as atividades do homem são também atividades da mulher. Mas em todas elas, a mulher é inferior ao homem”.
Aristóteles, afirmava que a mulher era uma obra interrompida, o fracasso da natureza em formar um homem.
A Condessa Diane de Poitiers afirmou: “A inteligência da mulher é inferior à do homem, e toda mulher que procura negar, comprava.”. (Extraídos de Os Mais Belos Pensamentos de Todos os Tempos vol. II)
Todos esses conceituados com presença na formação intelectual e modelo de princípios sociais do ocidente afirmavam tais coisas a respeito das mulheres e procuraram não especular tais afirmações, que a todo modo, são comprovadas inevitavelmente.
Com efeito, a ciência dizia que o marido deveria satisfazer seus desejos com prostitutas, por uma questão de saúde e a esposa somente para prole. Já no islam, essa questão é tratada com todo cuidado e vista como uma necessidade até mesmo natural, a satisfação de ambos os cônjugues. Entre outros horrendos, que marcam uma história repleta de ignorâncias entre os “modelos de nações”. E ainda assim, julgam-se modelos para os demais, que possuem “culturas e mentalidades” inferiores aos valores formados por eles.
Sempre houve um desrespeito muito grande pela mulher em muitas sociedades não-muçulmanas e agora tentam transferir esse legado cruel para a doutrina islâmica. Não somente não-muçulmanos insatisfeitos por terem legado esse machismo, que a doutrina cristã não condenou quanto também a violação de direitos, também novos muçulmanos que tentam misturar ao islam, conceitos anteriores a shahada.
Desde muito tempo existiram mulheres que a comunidade muçulmana reconhecia méritos por seus esforços, em liderança e também em bom exemplo. Mulheres não-muçulmanas conseguiram algum de seus direitos há pouco, resultado de muita luta e resposta ao machismo com o feminismo. É deplorável ver que muitas mulheres muçulmanas aceitaram de bom-agrado a violação de seus direitos depois de muitos movimentos reformistas alegando que “estavam desfazendo a bid’a.”
Enquanto muitos muçulmanos descabelam-se por um dedo de cabelo de uma irmã estar aparecendo, o outro fulano não se incomoda em consumir bebidas alcoólicas, conservar a modéstia e baixar seus olhares. E sempre haverá contendas se não compreenderem que o exagero é a matéria-prima de muitos caos.
(Mulheres muçulmanas eruditas na História Islâmica veja o link: http://www.bt.com.bn/en/education/2008/05/12/when_women_scholars_graced_ummah )




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